Passaram-se segundos e estava inquieta e só.
No meio dos pensamentos sobre nada, começei a equacionar a hipotse de me ir embora, pensei e anotei mentalmente prós e contras. A meio da realização da lista levantei-me depressa, agarrei na mala e saí pela porta como se mais nada interessa-se, num acto espontâneo.
Passei pelo portão e vi-a. Não olhei para ela, mas ela olhou para mim, com a diferença de não ser recíproco.
Senti na pele, todos os pensamentos que lhe passaram pela cabeça, todas as vontades que tudo fosse diferente e que eu não existisse. Senti, tal como um raio-x, o choque de todas as pragas que me rogou.
Continuou a fumar o seu cigarro, e eu afastei-me cada vez mais, sempre na direcção oposta e de costas. Ficou aliviada por eu estar sozinha, por eu sofrer sozinha. Mas afinal, o que interessa?

Sem comentários:

Enviar um comentário